sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

“ANTOMARCHI” e A MARCA QUE SE FIRMA






ANTES de ser um simples selo representativo e empresarial, devidamente formalizado junto às instituições de controle fiscal, financeiro e cultural do País, toda marca deve destinar-se, primordialmente, a uma Função Social. Ter um desiderato, justamente naquilo a que se propõe e para o qual foi criada. Preenchendo sempre os espaços que lhe cabe no mundo “business”.

Havia mais de duas décadas na Paraíba, desde que foi criada a Empresa AS Produções Cinema e Vídeo (ASPROD) tem procurado se firmar no propósito da qualidade e da seriedade profissionais. Isso, por entender que Cultura e Arte são valores reais e pertinentes à capacidade do Homem. Notadamente, nos planos do sentir, do construir, do avaliar...

Durante alguns anos lidando com outras empresas igualmente significantes, como a Agência Nacional de Cinema (ANCINE), na qual é oficialmente registrada, Academia Paraibana de Cinema, Universidade Federal da Paraíba, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), MDIAS Construções e Incorporações, dentre tantas outras, a ASPROD vem primando por um bom e responsável relacionamento com todas elas.

Referência em muito de seus projetos, sempre na área do Audiovisual, a ASPROD vive hoje um clima de permanente evolução, tanto no plano dos negócios como da própria criação artística. Fatores que demonstram o grau de preferência de seus trabalhos, o que vem de ser ratificado pelos prêmios que tem recebido desde que foi criada a empresa.

Prêmios na área de Cinema e Vídeo, como os da Academia Paraibana de Cinema, recentemente, para o filme “ANTOMARCHI” (Melhor Média-Metragem de Ficção de 2010), ou, ainda, Prêmio SUDENE pelo Documentário “O Coqueiro” (Melhor Filme com temática nordestina), “Cinema Inacabado”, “Parahyba”, nacionalmente premiado nos anos oitenta, “O Romanço do Dinossauro” (Júri de Seleção do Festival das Ilhas Canárias, Espanha), atestam o significado e importância da ASPROD, na Paraíba.

Por tudo isto, através desta coluna, parabenizamos as iniciativas e feitos da AS Produções Cinema e Vídeo, sua Presidência, a Diretoria e todos que fazem a Empresa, desejando que o 2011 seja da mais plena realização em prol da nossa Cultura e, particularmente, do Cinema Paraibano.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.

E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / www.alexsantos.com.br

domingo, 26 de dezembro de 2010

ACADEMIA FESTEJA O DIA MUNDIAL DO CINEMA COM O "OSCAR PARAIBANO"



A Academia Paraibana de Cinema (APC) divulgou neste final de semana a relação das produções que vão receber o Prêmio APC de Cinema e Vídeo. Considerado o Oscar do cinema paraibano, o prêmio tem um significado maior para os realizadores, por tratar-se de uma deferência da mais importante entidade de Cinema do Estado da Paraíba. Serão premiadas as categorias de Média-Metragem e Curta-Metragem dos gêneros Ficção, Documentário, Animação e Experimental.

A relação dos premiados é a seguinte:
Média-Metragem: Ficção “ANTOMARCHI” de Alex Santos; e o Documentário “O HOMEM DO LIGEIRO” de Rômulo Azevedo.
Curta-Metragem: Ficção “BORRA DE CAFÉ” de Aluísio Guimarães; e o Documentário “MENINO ARTÍFICE” de Ana Célia Gomes.
Categorias: Animação “O ACASO E A BORBOLETA” de Tiago Américo e Fernanda Correia; e o Experimental “COISA” de Gian Orcini.

A entrega dos prêmios vai acontecer nesta terça-feira (28), DIA MUNDIAL DO CINEMA, em noite festiva no Auditório Espaço Cine Digital da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, às 18 horas, com a presença dos realizadores, cineastas brasileiros convidados e diversas autoridades. Haverá também a posse de novos acadêmicos na APC, o lançamento de DVDs e do livro “Quando o Cinema Morava na Filosofia” de Wills Leal, exibição de “trailers” de alguns filmes paraibanos, além de Coquetel durante o Lançamento da Revista CINENORDESTE da Academia Paraibana de Cinema.

FEST-SEMIÁRIDO - Na mesma noite desta terça-feira (28), serão entregues, também, os Troféus aos vencedores do III FesCine Digital do Semiárido, realizado em quatro estados nordestinos (Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará) pela AS Produções Cinema e Vídeo, com apoio do Banco do Nordeste e Coordenação do jornalista e escritor Wills Leal. O Troféu “Machado Bitencourt” de Ficção será para “Vela ao Crucificado” de Frederico Machado, do Estado do Maranhão; e o Troféu “João Córdula” para o documentário “Câmara Viajante” de Joe Pimentel, do Ceará.
ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br / http://www.alexsantos.com.br/

sábado, 18 de dezembro de 2010

CINEMA CONTINUA A SER LUZ E SOMBRA!

















"Antomarchi" - atores Ricardo Moreira e Joelma Cavalcanti

Nos tempos atuais, graças a uma tecnologia “virtual” que tem conquistado cada vez mais admiradores, no caso específico da imagem a luz diáfana da telinha vem influenciando no gosto sobretudo visual de muita gente. Das mais incautas às pessoas que se dizem fiéis ao cinema e, aparentemente, se arvoram como avaliadoras das diversas performances da arte-do-filme, em suas nuanças de luz e de cor.

O fato é que se tem abandonado, de havia muito, os conceitos estéticos e simbólicos narrativos primordiais à Dramaturgia do Cinema. Fundamentos primeiros na construção de um bom filme, em cores ou em preto&branco, seja ele de ação, drama, ficção... Pouco importa a sua temática, desde que esse filme seja trabalhado com o mínimo de apuro técnico fiel às normas tradicionais do bom cinema.

A opinião acima, longe de ser retrógrada ou saudosista imprime certo raciocínio de responsabilidade artística com uma das artes eletrônicas mais antigas que se passou a conhecer. Herdando da Fotografia o claro-escuro, inicialmente em preto e branco, o Cinema jamais deixará de ser a Arte do “look-er-on”, sobretudo. Por mais que se queira dá ao cinema uma feição “nova”, com as atuais pirotecnias virtuais computadorizadas modificadoras de sua essência.

De quando em vez, fico meditando sobre a estranheza de algumas afirmações, muitas vezes manifestadas por escrito, de que o cinema de hoje deveria ser mais “visual”, com cenas brilhantes e claras como um dia de sol. Será que o cinema de hoje também não é construído sob tal propósito, quando lhe cabe determinadas “afirmações” narrativas? Mas, convenhamos, o cinema não é só cenas claras e brilhantes como se tem na tv...

O filme “Antomarchi”, por exemplo, lançado recentemente inclusive dentro do Fest-Aruanda, no Tambaú, é construído sob alguns parâmetros técnicos e narrativos, em que o CLARO e o ESCURO são intencionais como proposta de discurso. Mesmo tendo sido produzido em HDV, cujo recurso tecnológico é, aparentemente, diáfano. Se, por ventura, algum “crítico” se chocou com as cenas escuras do filme... lamento dizer que estão esquecendo da boa Gramática do Cinema.

Em “Antomarchi”, as sequências em que o “monge” resgata a vida do enfermo, numa cama de hospital, e em seguida liberta a jovem mãe de um cativeiro, ambas as sequências (resgate da vida e do sequestro) são icônicas, em razão da própria figura inusitada do monge de negro. O contraste desses momentos está na luz de uma “aurora de liberdade” contemplada pela jovem mãe, ainda sob o resguardo do monge. Cinema, em verdade, continua a ser luz e sombra. Sem nenhum embargo à afirmação do grande Fellini – “Cinema é Luz!”.

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

III FestCINE Digital do Semiárido
















O III Festcine Digital do Semiárido, que está sendo realizado este mês em várias estados nordestinos, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará, foi aberto no início deste mês em Campina Grande com enorme sucesso. Com o apoio do Banco do Nordeste, Academia Paraibana de Cinema, Núcleo de Estudos, Pesquisa e Produção Audiovisual (Neppau/UFPB) e várias outras instituições, o evento é uma realização da AS Produções Cinema e Vídeo, com a coordenação-geral do jornalista e escritor Wills Leal.

A exemplo do que ocorreu na primeira e na segunda versões, o evento tem por objetivo exibir obras videográficas em suporte digital, focadas exclusivamente na temática do semiárido nordestino. Todas as obras são exibidas em mídia DVD (plug and play), com duração mínima de 5 e máxima de 15 minutos, e seus concorrentes não têm limitações quanto aos gêneros – documental, ficcional, animação, videoclipe ou experimental.

Do conjunto das obras inscritas, foram selecionadas quatro horas e meia para as exibições, durante três dias, em cada cidade onde está se realizando o Festcine Digital. Três obras a serão premiadas e estão sendo escolhidas pelo público, em votação pela internet, através de um programa de informática concebido por técnicos do Parque Tecnológico de Campina Grande. No final, será igualmente usado sistema de avaliação por membros organizadores do próprio evento.


Além de prêmios em dinheiro, os vencedores receberão os seguintes troféus: “Walfredo Rodriguez”, “João Córdula” e “Machado Bittencourt”. A exemplo dos festivais anteriores, estão participando empresários, jornalistas, estudantes, artistas, produtores, agentes culturais, representantes do BNB e as populações de cada cidade onde se realiza o evento: Campina Grande e Cabaceiras, na Paraíba; Mossoró no Rio Grande do Norte; Caruaru, em Pernambuco; e Juazeiro do Norte no Ceará.

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br / blog: www.alexsantos.com.br

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

“ANTOMARCHI” (em Blu-Ray), domingo no Tambaú














"Antomarchi" (Ricardo Moreira) e o Solar
A grande festa do cinema paraibano, nordestino e brasileiro será aberta nessa sexta-feira (10), em João Pessoa. Trata-se da 6a versão do Fest-Aruanda, que este ano, além de uma vasta programação para homenagear os 50 anos de “Aruanda”, de Linduarte Noronha, e o centenário de João Córdula, vai inovar trazendo aos seus participantes, pela primeira vez, uma estreia de filme pelo sistema HDV-Blu-Ray.

O Média-metragem de ficção “ANTOMARCHI”, filme que traz a marca da Empresa AS Produções Cinema e Vídeo, finalizado na nova tecnologia digital, será a grande estreia desse domingo, às 15 horas, no Salão Sérgio Bernardes do Hotel Tambaú. A sessão, aberta ao público, contará com a participação de toda a equipe de produção e o elenco, a exemplo do que vem acontecendo em diversos lugares onde o filme está sendo lançado.

Também nessa sexta-feira (10), “ANTOMARCHI” será exibido e debatido em Natal, na UFRN, a convite do prof. Moacir Barbosa do Departamento de Comunicação Social daquela instituição universitária. Recentemente, o filme foi lançado na Universidade Estadual, em Campina Grande, com apoio do Cineclube Machado Bitencourt, após concorrida estreia que se deu no Zarinha Centro de Cultura, em Tambaú, e no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa.

“ANTOMARCHI” - Época da ação: A estória, que tem início no final da primeira década do século XXI, obedece a uma diversificada cronologia de tempo. Resgata o início dos anos sessenta, época doirada do personagem quando criança, quando então, retroage ao final dos anos 40, resgatando através da música do menino alguns tipos ancestrais, simbolicamente curiosos e familiares, culminando sua trajetória à época de hoje.

Ficha técnica: Produção de Alexandre Menezes e MDias - Roteiro e Direção de Alex Santos e Assistente de Direção: Manoel Jaime Xavier. Dos Contos de Mirabeau Dias e Suely Cavalcanti Dias, com o ator Ricardo Moreira, apresentando Joelma Cavalcanti e Danrley Natan - Fotografia e Câmera: Xande Cavalcanti/ASP - Música: Léo e Vângelis Duarte. Filme COR, 35 minutos, originalmente realizado em HDV para Blu-Ray, pela Empresa AS Produções Cinema e Vídeo/2010.

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
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sábado, 27 de novembro de 2010

Uma viagem foto-cinematográfica


Do alto das Montanhas do Peru, próximo a “Machu Picchu”, a colossal visão de uma das paisagens cinematográficas mais impressionantes da Terra. Costuma-se afirmar que é uma das grandes viagens que se faz na vida. Uma experiência de transformação interior, enriquecimento cultural e humano, que jamais se pode ouvidar. Luz, cor, cheiro… Uma cenografia natural de tirar o fôlego!

Pois bem, diria que não foi por menos – salvada a devida proporção de uma veia igualmente hereditária, cinematograficamente atávica – o que me deixou registrado em excelentes fotos a minha filha Mônica, recém-chegada de uma viagem pela América Central. Com uma boa câmera pendurada ao pescoço e muita vontade de conhecer o mundo, ela tem revelado a sua outra face de advogada que é: o desejo incontido de registrar imagens de pessoas, suas culturas e hábitos.

De quando em vez, seu espírito aventureiro me surpreende ao vê-la, através de suas próprias fotos, galgando penhascos, subindo encostas íngremes nas Chapadas do Centro do Brasil, na prática do chamado esporte radical. Ou, ainda, buscando as plagas alagadas do Pantanal, num desejo de conquista e de conhecimento, diria, muito comum às pessoas menos acomodadas.

Essa é a minha filha Mônica! Desta vez, de sua viagem foto-cinematográfica pelos caminhos ensolarados de Cusco, generosamente me sobraram a sua felicidade de mais uma conquista, suas belas fotografias e um mimo artesanal de “pisco”. Doce como o seu carinho por mim. Uma delícia!...

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Revelando valores ao nosso amanhã













A
vida acadêmica é uma saga. Poucos são os alunos que se destacam numa sala de aula. Quer pelo interesse em trocar idéias com o seu professor sobre a disciplina dada, ou, até mesmo, por se mostrar mais interessado no aprendizado a que se submeteu. Dentre esses alunos, haverá sempre um a se destacar, ainda mais, sobre os seus pares. Esse, na verdade, reconheço-o como um futuro “virtuose”.

Numa de minhas últimas turmas da disciplina de Sonoplastia, conheci e reconheci um desses alunos a que me referi no parágrafo acima. Calmo, atencioso, mas inquiridor sobre o assunto que o interessava e, sobretudo, pronto e breve em iniciativas. Esta, característica valiosa na formação da personalidade de todo aquele que se propõe à realização artística, como é o caso da produção cine/videográfica.

Sem embargo à importância dos demais alunos com os quais tive o privilégio da convivência acadêmica, em alguns meses, no Curso de Comunicação Social da UFPB, refiro-me àquele com quem, no momento, divido experiências na realização de um “curta” (foto), em fase de conclusão, na região do semi-árido paraibano.

A Cenografia do lugar, um sem fim povoado de algarobas, facheiros e rochas, consiste a preocupação inventiva do autor. Tema esse que aborda a realidade rústica de seus personagens, secos como o próprio lugar, numa singular importância, porquanto a rotina lhes tira a verdadeira noção do perigo, sobretudo do tempo de suas existências.

Distante sete quilômetros do centro da cidade, subindo e descendo rochas, a equipe consegue registrar personagens que se movem sorrateiras como os próprios répteis ali existentes. Figuras que se entreolham numa comunicação muda, inusitada. Em frente à velha casa de tijolo sem reboco, numa tarde fatigante como tantas outras, elas assuntam o tempo – Seu Biu, Donana e o filho Zeca de pouco mais de dez anos. Este, cujo olhar infantil dá início à estória a ser brevemente contada pelo nosso vídeo/cinema.

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

“ANTOMARCHI” neste sábado em Campina Grande



Sob a chancela da Academia Paraibana de Cinema e apoio cultural de instituições campinenses, “Antomarchi” estreia neste sábado (20), às 16 horas, na Faculdade de Administração, no centro de Campina Grande. AS Produções Cinema & Vídeo e MDias Construções e Incorporações, empresas que produziram do filme, terão na coordenação do evento o jornalista e acadêmico Rômulo Azevedo.

Com uma agenda de exibição intensa, dentro e fora do Estado, “Antomarchi” é considerado o primeiro filme paraibano do gênero ficção finalizado completamente em Blu Ray. O média-metragem tem despertado grande interesse na classe cine/videográfica não só local, mas, de “videomakers” de outros estados do país, principalmente, do mundo acadêmico especializado em imagem HDV.

A escolha para atuarem na enigmática construção dramática, com personagens que “falassem”, apenas, com a sisudez e o seu próprio ritmo, na cena, vez que se optou por não abusar do discurso falado direto, habitual, foi um dos grandes desafios da produção do filme. Assim, foram escolhidos atores não profissionais para fazê-lo. O fato de uma nova cara na atuação, de certa maneira, haveria de excluir alguns vícios comuns de atuação e incômodos estereótipos.

Há anos vivendo fora do Brasil, hoje professor aposentado, Antomarchi (Ricardo Moreira) retorna à cidade em que nascera. O contato mais sensível de Antomarchi será com o velho sobrado onde residiu quando criança. No interior do antigo solar, estantes e livros empoeirados, antigas fotos desbotadas de família, um velho piano negro de notas dissonantes e os “fantasmas” de toda uma vida... Esse é o tema de “Antomarchi”, a ser exibido neste sábado pela primeira vez em Campina Grande.

ALEX SANTOS – Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br / www.alexsantos.com.br

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As bases da produção cinematográfica














“As bases da produção cinematográfica” é o título do Quarto Painel, que será realizado na sexta-feira (19), às 15h00, dentro do III CENACINE do VII Congresso Brasileiro de Comunicação Social promovido pela Faculdade Maurício de Nassau. O evento será aberto um dia antes (quinta 18), no Auditório “Bloco Capiba”, em Recife, Pernambuco, e terá a participação de professores e especialistas da área de todo o país.

A convite da Direção do evento, faremos uma palestra abordando o tema: “Inovações tecnológicas na Edição de Imagens – Construção do novo discurso audiovisual”, que terá como Presidente de Mesa o Prof. Luiz Maranhão, Doutor em Cinema pela USP e professor dos Cursos de Comunicação Social da Faculdade Maurício de Nassau. O debatedor será José Marques de Melo, Presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM.

Dentro do contexto da palestra, estaremos mostrando as possibilidades e os atuais recursos de edição utilizados no nosso média-metragem “Antomarchi”. Processo esse de finalização contemplado com o mais novo sistema de Blu Ray, uma realização da AS Produções & MDias e que está sendo considerada tecnologicamente pioneira na Paraíba. Tanto pela qualidade de suas imagens como pelo tema que abordou.

O VII Congresso Brasileiro de Comunicação Social, que contempla o III CENACINE, terá uma programação bastante ampla. Discutirá, basicamente, questões relacionadas com Tecnologia da Comunicação e suas inovações. Terá uma programação com intensos debates promovidos pela Faculdade Maurício de Nassau, com o apoio de várias instituições de Inovação Tecnológica, de Pesquisa de Mercado e processos de Mídia, além da participação do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.

ALEX SANTOS é Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A ilusão de uma interatividade


Irmãos Lumière:
a essência do
Cinema




Será que cinema é só uma mera ilusão? As imagens que são projetadas numa tela branca significam, apenas, uma quimera? Na grande maioria dos casos, não são a “representação” de uma realidade? Realidade essa, que, convenhamos, de quando em vez são muito mais contundentes e reais que as mostradas pelo próprio cinema.

Um parágrafo inteiro de indagações, como o aqui formulado, quiçá não seja suficiente na busca de uma resposta à definição do que mais simbólico e belo deva ser a Arte-do-filme. Uma Arte singular, completa, com letra maiúscula, que traduz de forma direta através de seu discurso o Intimismo e/ou a Extroversão dos quantos personagens que aborda.

Através de uma remota velocidade em 16 quadros por segundo, ou, no padrão sonoro atual de 24 quadros por segundo, ou, ainda, digitalmente, não importa, a complexidade estrutural narrativa do cinema continua a mesma – A de veicular através do “folhetim” uma mensagem direcionada a “alimentar” o sonho. “Movie”, no começo apenas imagético, hoje, adornado de todos os aparatos audiovisuais e tecnológicos possíveis, mas que se destina ao entretenimento, enquanto função social.

O grande mistério do Cinema está nele mesmo; na sua fantasia que nos transporta! A partir do momento em que se pretenda desmistificar o seu cerne, o seu âmago, a sua essência enquanto “Arte do belo”, pouco ou quase nada restará do seu encantamento. A grande balela no momento é essa estória de ”interatividade” (não confundir com 3D) no cinema. Cinema é arte da contemplação, no inatingível em seu suporte maior: a tela branca do cinema. Por detrás desta, apenas o sonho, “A GRANDE ILUSÃO”. Lembram?...

ALEX SANTOS é Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mostra de filmes discute sexualidade e violência


"Jogo de Sedução"
um dos filmes a ser
exibido na mostra



A III Mostra de Filmes Temáticos - Matizes da Sexualidade será aberta nesta segunda-feira (18), às 19h00, na Sala Cine Digital do Espaço Cultural Zé Lins do Rêgo. Ela se prolongará até a terça-feira (26), da próxima semana, agregando mais de 40 instituições públicas e privadas, a exemplo da Empresa AS Produções Cinema e Vídeo, além de valores culturais os mais diversificados da própria UFPB e de entidades não acadêmicas, constituindo-se num dos mais importantes eventos de reflexão da vida acadêmica e social dos últimos tempos, na Parahyba.

Promovida pelo Núcleo de Estudos em Mídias, Processos Digitais e Acessibilidade (Digital Mídia) e o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM), e coordenada pelo professor Pedro Nunes, da UFPB, a Mostra vai apresentar 33 obras cinematográficas de diferentes países, cujo foco é a questão relacionada com a diversidade sexual, violência e preconceito.

Estranhamente, do “pool” de entidades que apoiam o evento, uma omissão se faz sentir: a do próprio Departamento de Comunicação Social (DecomTur) da UFPB. Dentre os vários setores da instituição, destacam-se o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Núcleo de Teatro Universitário, Teatro Lima Penante, Associação dos Docentes da UFPB, além de entidades representativas do Cinema, no Estado, como Academia Paraibana de Cinema e Associação Brasileira de Documentarista/PB.

Conforme o programa da Mostra, as exibições dos 33 filmes de nacionalidades diferentes vão acontecer em lugares os mais diversos. No Espaço Cine Digital da Funesc (Espaço Cultural José Lins do Rêgo), à tarde e à noite, além de várias apresentações paralelas no Grupo de Estudos em Cinema (História/Cinefagia) e Cineclube do Curso de Ciências Sociais, ambos da UFPB, e de Cineclubes como o Zarinha Centro de Cultura, SESC, Tin Tin Cineclube, e Cineclube Zé Ribeiro da cidade de Pilar.

ALEX SANTOS – Vice-presidente da Academia Paraibana de Cinema. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mostra discute matizes da sexualidade















Agregando mais de 40 instituições públicas e privadas, a exemplo da Empresa AS Produções Cinema e Vídeo, além de valores culturais os mais diversificados da própria UFPB e de entidades não acadêmicas, a Terceira Mostra de filmes Temáticos - Matizes da Sexualidade, que acontece entre os dias 18 e 26 deste mês, deve se transformar num dos mais importantes eventos de reflexão da vida acadêmica e social, na Parahyba.

Promovida pelo Núcleo de Estudos em Mídias, Processos Digitais e Acessibilidade (Digital Mídia) e o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Ação sobre Mulher e Relações de Sexo e Gênero (NIPAM), e coordenada pelo professor Pedro Nunes, da UFPB, a Mostra vai apresentar 33 obras cinematográficas de diferentes países, cujo foco é a questão relacionada com a diversidade sexual, violência e preconceito.

Estranhamente, do “pool” de entidades que apoiam o evento, uma omissão se faz sentir: a do próprio Departamento de Comunicação Social (DecomTur) da UFPB. Dentre os vários setores da instituição, destacam-se o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Núcleo de Teatro Universitário, Teatro Lima Penante, Associação dos Docentes da UFPB, além de entidades representativas do Cinema, no Estado, como Academia Paraibana de Cinema e Associação Brasileira de Documentarista/PB.

Conforme o programa da Mostra, as exibições dos 33 filmes de nacionalidades diferentes vão acontecer em lugares os mais diversos. No Espaço Cine Digital da Funesc (Espaço Cultural José Lins do Rêgo), à tarde e à noite, além de várias apresentações paralelas no Grupo de Estudos em Cinema (História/Cinefagia) e Cineclube do Curso de Ciências Sociais, ambos da UFPB, e de Cineclubes como o Zarinha Centro de Cultura, SESC, Tin Tin Cineclube, e Cineclube Zé Ribeiro da cidade de Pilar.

ALEX SANTOS – Vice-presidente da Academia Paraibana de Cinema. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

terça-feira, 5 de outubro de 2010

“Antomarchi” agora em terra potiguar


Alex
Santos:
Diretor de
"Antomarchi"
Organização da Semana do Rádio e da Televisão, atividade acadêmica que traz a marca do Laboratório do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, acaba de convidar a Produção de “Antomarchi” para que o filme seja exibido e discutido dentro da programação do evento, que deve acontecer no início de novembro deste ano. A direção do filme participará de um debate com professores e estudantes de Comunicação da UFRN.

O professor Moacir Barbosa, ex-chefe do DecomTur/UFPB, que é membro da Academia Paraibana de Cinema, também coordenador da Semana do Rádio e da Televisão, na UFRN, disse ser do maior interesse a exibição e o debate sobre o mais novo média-metragem do cinema paraibano no âmbito da instituição potiguar de ensino superior, possibilitando um maior intercâmbio de conhecimento nas áreas da comunicação e do audiovisual entre os integrantes das duas universidades.

É sabido que o esforço da organização da Semana do Rádio e da Televisão diz respeito, particularmente ao projeto que vem sendo desenvolvido na UFRN para a implantação do Curso de Produção Audiovisual naquela instituição. A exibição de “Antomarchi”, em seu novo formato de finalização em BluRay, pode contribuir nesse sentido. O filme tem despertado grande interesse na classe cine/videográfica não só local, mas, de videomakers de outros estados e até do mundo acadêmico especializado na imagem digital.

Além de sua inscrição em alguns festivais nacionais de cinema e vídeo, “Antomarchi” continua com uma agenda de exibição dentro e fora do Estado. Em Campina Grande, a ASProd Cinema e Vídeo, empresa produtora do filme juntamente com a MDias, terá o apoio dos irmãos Rômulo e Romero Azevedo, e do coordenador de festival local André Costa Pinto. “Antomarchi” será exibido no Sesc-Centro, ainda este ano. Data e programação ainda estão sendo discutidas pela coordenação do evento.


ALEX SANTOS - Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

domingo, 26 de setembro de 2010

50 Anos de Arte em “Aruanda”

Cineasta
Linduarte Noronha


Por analogia, lembro que ele começou a existir com nome de artista. Não só porque tenha realizado um dos documentários mais revolucionários da história dos cinemas paraibano e brasileiro, mas, por ter mesmo nome que leva a marca da própria Arte.

Arte de nome e de feitos, se lembrarmos, por exemplo, duas obras inesquecíveis do nosso cinema: “Aruanda” (que fiz questão de homenagear, recentemente, numa das cenas do meu filme “ANTOMARCHI”, resgatando a esquina do Cine Rex dos anos 60) e “O Salário da Morte”, primeiro longa-metragem paraibano.

Independentemente do feito por ele realizado, detenho-me ao seu nome de batismo: LINDUARTE. Afora o significado matematicamente valorativo (“quantum”) que a expressão possa imprimir, a EQUAÇÃO do seu nome é significante, igualmente, no plano das artes. Senão vejamos esta simples “equação”: Trocando-se a base/raiz da estrutura da palavra (Lindu) por “belo”(a) + Arte = Bela Arte. Desculpem a trocadilho, mas não seria coincidência demais?...

Pois bem, não por menos a re/publicação no Correio das Artes (A União) deste domingo (26) o merecido registro sobre Linduarte Noronha e seu “Aruanda”. Trata-se de uma remota entrevista a hoje membro da nossa Academia Paraibana de Cinema, em razão do meio século de existência e de resistência do documentário, marca indelével de um cinema que jamais se deixou dobrar, em razão de modismos e outros “ismos”, tão próprios à pirotecnia dos dias atuais.

E o “blog“ Coisas de Cinema, irmanando-se a tão importante data, presta também sua homenagem ao nosso “prior”, não apenas pelo seu feito com “Aruanda” – cinquenta anos de escola de cinema documental no Nordeste brasileiro, sobretudo – mas, certamente, pela memória representativa/respeitosa, base técnica e reflexiva dos valores locais ao que hoje se constrói em termos de Cinema na Parahyba.

Parabéns, amigo Linduarte! Pelo feito marcante de “Aruanda” e por existires...

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Uma TV feita com a “prata da casa”











Belezas de Jampa na TV (foto Guy Joseph)

De pronto, testemunho e louvo a importância que vem dando a TV Cidade, em João Pessoa, à Cultura e às Artes paraibanas. Observação esta sem nuança eleitoreira, em razão do momento em que se vive, mas que, por justiça, deve ser deveras preconizada com responsabilidade, justamente por quem nenhum compromisso tem com a política partidária de “a” ou “b”, como é o nosso caso.

Chamo a atenção para a TV Cidade não porque esteja também exibindo em sua programação, havia algum tempo, o nosso filme “ANTOMARCHI”, pelo que agradece a Empresa AS Produções, publicamente. Mas, pelo requinte e conteúdo dos enfoques de seus programas, que têm valorizado a produção cultural local, demonstrando que é possível fazer televisão com qualidade, sem os famigerados valores de pecúnia, próprios às mídias convencionais e de canais abertos. Some-se esse esforço ao mérito daqueles que deixaram os nossos Cursos de Comunicação e conseguiram engajamento imediato em um mercado de trabalho bastante concorrido.

Tenho visto, até com um misto de prazer e orgulho, quantos dos nossos ex-alunos estão à frente das opções culturais e artísticas demonstradas pela TV Cidade de João Pessoa. Pena que seja esta uma mídia bastante restrita, exclusiva de poucos, não em função da sua qualidade, mas, do seu acesso. Utilizando tv a cabo, satélite ou banda larga, como é o caso da TV Cidade, muitas emissoras têm perdido a oportunidade de mostrar mais amplamente o que de melhor é produzido culturalmente no seu próprio meio, dos mais variados segmentos.

No que tange à questão dos interesses mercantis da televisão brasileira, sobretudo, em razão de sua programação diária, isto vem sendo apontado por especialistas como sendo o fator principal e motivador a um tipo de “desdenhamento” à nossa produção regional e local. Prática que depõe em detrimento da importância e do significado de tantos valores culturais hoje existentes, até muito próximos de nós. Portanto, parabéns à recém-lançada TV Cidade de João Pessoa.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails:
alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

sábado, 18 de setembro de 2010

A hora e vez do cinema espiritual



Cena do filme "Nosso Lar"
Há trinta anos, quando começara a escrever o meu primeiro livro – “Cinema & Revisionismo” –, fiquei curioso com uma expressão do amigo Wills Leal, também em seu livro “Cinema e Província”, sobre a existência nos anos sessenta de um suposto movimento paraibano de produção cinematográfica. Segundo ele, havia por parte de membros da intelectualidade de então um desejo enorme de se fazer cinema, mas, sem as mínimas condições materiais, o que ele chamaria de “cinema espiritual”. Um tipo de cinema que ficava, apenas, na ideia e jamais saía do papel.

Anos depois, entrevistando-o para o meu filme “Cinema Inacabado” – uma justa homenagem a João Córdula do Cinema Educativo da Paraíba –, fiz questão de levar o próprio Wills ao local onde funcionava a Churrascaria Bambu, na Lagoa, para que ele falasse sobre o assunto. Um tipo de “cinema” que se fazia naquela época de múltiplos sonhos cinéfilos, depois que saíamos das redações dos jornais e das sessões de Cinema de Arte.

Pois bem. Esta semana, alertado por minha filha Mônica através de e-mail, soube de uma enquete que o Ministério da Cultura está promovendo: Uma votação pública para a sugestão do filme brasileiro a ser indicado para concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2011. Que me conste, isso é inédito, por se tratar de uma ação cultural de governo verdadeiramente democrática e de respeito ao gosto popular. Mais ainda, quando se sabe ser este um dos países mais espiritualistas do mundo...

O mais interessante vem agora, quando constatamos que a preferência popular é pelo filme dirigido por Wagner de Assis, “Nosso Lar”, inspirado no livro de Chico Xavier, já assistido por mais de 2 milhões de espectadores em todo o País, em pouco menos de três semanas. O que é mais curioso, ainda, é o fato de os três primeiros filmes colocados na enquete (de mais de 20 filmes nacionais) tratarem do tema da espiritualidade. Pela ordem da pesquisa, que se encerra neste final de semana, a opção popular é a seguinte: “Nosso Lar” com mais de 70% de indicação; “Chico Xavier” com 9% e “Os Famosos e os Duendes da Morte” com 6%.

Ao contrário do “cinema espiritual” de que argumentara Wills Leal, um cinema feito apenas de ideias e de arroubos etílicos próprios às noitadas na “Bambu”, nos anos 60, este de hoje se concretiza real e espiritualmente. Menos (apenas) pelos lampejos visionários que tivemos naqueles tempos de sonhos doirados do Cinema Paraibano; agora, muito mais por um modismo mercantilista, que é próprio do cinema enquanto Arte e Indústria. Cinema esse então ilustrador de uma “espiritualidade cênica”, que tem sido interpretada, em verdade, como uma espécie de ópio por boa parte do nosso povo.

Quanto à “espiritualidade” contida numa das sequências do nosso “ANTOMARCHI” e a indicação de “Nosso Lar” ao Oscar” hollywoodiano... são uma outra estória.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

domingo, 12 de setembro de 2010

Tecnologia e Jornalismo Científico














Ícone tecnológico das Comunicações

Informação e Tecnologia, nos dias atuais, são valores fundamentais ao processo de conhecimento e desenvolvimento das sociedades organizadas. Talvez muito mais do que antes, em toda a história da Humanidade. Isto por que, no bojo desta afirmação, intrinsecamente se nos apresenta contida, de certo modo, a perspectiva clara de outro também importante e contemporâneo valor: o Jornalismo Científico.

Tecnologia e Jornalismo Científico, por assim dizer, sendo valores paradigmáticos, igualmente aliados à modernidade da Informação e aos balizamentos de um novo modo de ser da Comunicação e de seus informados. Fenômenos esses, que consubstanciam reverberações de tamanha magnitude, através da segmentação dos media, que jamais nos deixariam outras opções de viver, senão por intermédio da absorção de tais ecos de conhecimento.

Sob tais reflexões, e aludindo às aspirações coletivas de ávidos saberes, sobretudo, no mundo acadêmico superior, vimos testemunhando importantes iniciativas no setor. Iniciativas, que se sensibilizam cada vez mais, quer no dogmático âmbito dos laboratórios especializados, quer nos encontros de cunho específico, como as INTERCONS, por exemplo. Refletindo sempre sobre a real problemática das perspectivas de difusão científica, sob o foco das teorias da Informação.

No ato científico da Comunicação, as bases de uma Mídia contemporânea em compromisso com as novas experiências e diagnósticos mais aprimorados, tendo como parâmetro a diversidade cultural das massas, nas várias regiões do País. Uma espécie de busca à “sensibilidade” dos informes ou – como diria o sociólogo Edgar Morim, em relação às Artes – a “humanização” dos instrumentos e organismos geradores de políticas científicas e tecnológicas voltadas para o exercício da Informação.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aliás, para que serve então a mídia?





Ataque de 11 de setembro (USA)

Procurando traduzir comparativamente a dinâmica fractal dos tempos atuais e os recursos vastos das novas tecnologias da Informação, vemos que o nosso modus vivendi já não é mais o mesmo. De há muito o consuetudinário, que queiramos ou não, tem-se perdido no emaranhado de situações e planos, na revolução dos bits de uma nova História.

No clic instantâneo das comunicações, “roboticamente”, como num passe de mágica, já se salvam vidas havia quilômetros de distância. Contraditoriamente, num piscar de olhos, apertando-se um simples botão, vidas anteriormente salvas pelo “milagre” científico poderão ser ceifadas, produto da intolerância e desatino dos que, consciente/insensivelmente, dominam e manipulam as massas incautas e desesperançosas, em um mundo hoje verdadeiramente fragmentado.

Quanta contradição tem gerado o então preconizado progresso da humanidade!... Na ampla aldeia global em que vivemos, durante anos, fomos capazes das mais pirotécnicas experiências, numa odisséia não apenas prevista a partir do ano 2001, preconizada tão sabiamente no filme de Kubrick, intencionalmente, nos compelindo a sublimar a “guerra”. Nessa evolução, fomos cooptados à prática da hipocrisia e do desinteresse pela paz, simplesmente porque o confronto armado nos dá pecúnia, status e poder.

Não há de ser tão simples assim, a culminância da complexidade humana num simples aperto de mãos, como desejariam os mais otimistas. Mas, bem que este pudesse ser o gesto de uma catarse e do reconhecimento às equações de toda uma humanidade. Assim, nas relações políticas e sociais, não menos nas artes, o grande desafio mesmo é se conseguir um animus desarmado entre os povos. Atitude essa que tanto nos tem faltado.

Refletindo a priori, sobre um possível elo comparativo entre o que é virtual (pode acontecer) no cinema e na tv, e, a rigor, o que nos é mostrado diariamente através de informes cinéticos e telejornais, haveremos de introjetar algumas imagens, do mesmo modo, admitir algumas verdades de que existe hoje na massa uma espécie de delírio sublimado, diáfano, em todo esse seu processo de induzimento.

Agora, quando nos referimos a uma “cooptação de massa” é porque esse fenômeno socialmente indutivo existe de fato, em forma de “moeda corrente”. Talvez, de maneira eticamente questionável, não nos termos em que essa violência vem ocorrendo, mas, e principalmente, sob a forma velada, sub-reptícia, mas indutiva, “fabricados” pelos nossos meios de comunicação, numa demonstração clara de que a violência de hoje é, realmente, o ópio das massas.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

“ANTOMARCHI” será exibido em Campina Grande








Atores: Ricardo Moreira e Joelma Cavalcanti, em "Antomarchi"

“Impactada visualmente”. Essa foi a sensação da platéia que superlotou na terça-feira passada (17) a Sala Digital de Cinema do Espaço Cultural José Lins do Rego. Pelo menos, esta é a opinião da grande maioria que assistiu à Sessão de Lançamento do filme “Antomarchi”, considerada a primeira produção paraibana Finalizada com recursos tecnológicos de Alta Definição de imagens (Blu-Ray). Representantes dos diversos segmentos culturais e educacionais do Estado, ex-Reitores, Pró-Reitores da UFPB, integrantes da APC e da Imprensa paraibana prestigiaram o lançamento do filme.

Apesar de ter sido exibido não em Blu-Ray, mas em simples projeção digital (DVD), em ambiente de referência e que tem sido espaço de grandes eventos da nossa Academia Paraibana de Cinema, “Antomarchi” conseguiu sensibilizar a platéia, não só por sua excelente fotografia, mas, pelo uso marcante de tempo e espaço, que conduz gramaticalmente a narrativa do filme a um ritmo considerado “perfeito” por críticos e autoridades ali presentes, logo imediatamente à apresentação do filme.

Na semana anterior (10 de agosto), AS Produções Cinema e Vídeo e a Direção do Zarinha Centro de Cultura realizaram uma sessão de “avant-première”, só para a Imprensa, marcando naquela oportunidade o primeiro feito cinematográfico da trajetória de “Antomarchi”: Inaugurava-se uma nova fase de exibição de filmes da Sala de Cinema do Zarinha, que, a partir de então, passou a dispor dos recursos tecnológicos de high-definition (Blu-Ray).

Com uma agenda de programação prevista também para fora de João Pessoa, um cronograma de exibições do filme será ratificado em reunião, ainda esta semana, entre a Produção de “Antomarchi”, Academia Paraibana de Cinema, UEPB de Campina Grande e representantes da cultura serrana, para que o filme seja exibido durante o encerramento do Festival Comunicurta, já no final da próxima semana.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

APC LANÇA "ANTOMARCHI" NA FUNESC DIA 17















"ANTOMARCHI" - O personagem e o solar

ANTOMARCHI”, que está sendo considerada a primeira produção áudio-visual originalmente finalizada em Blu-Ray, na Paraíba, terá sua “avant-première” nessa terça-feira, dia 17, às 20h00, na Sala Digital de Cinema do Espaço Cultural José Lins do Rego. O filme, média-metragem do gênero ficção, a partir dos contos de Mirabeau e Suely Cavalcanti Dias, tem 36 minutos de duração, em high-difiniton, com fotografia de Alexandre Menezes, que vem sendo bastante elogiado por seu profissionalismo.

Após um longo período de gravações, que durou nada menos de oito meses, interna e externamente, pudemos concluir a Produção. Desse esforço restaram-nos mais de duas horas de imagens gravadas em high-definition. Mais complicado, ainda, porque nos deparamos com uma narrativa construída a partir de um texto marcadamente intimista, mas intrigante, povoado de personagens sisudos, misteriosos, como foi o caso desse média-metragem, inicialmente pensado para ser um “curta”. O desafio foi contar uma estória em três épocas (final dos anos 40, início de 60 e época de hoje), com ambientes cenográficos pertinentes e figuras que se cruzam o tempo todo, formatando links existenciais entre elas, vivenciados numa espécie de curva do tempo ou, como diria o autor, “nas dobras de um fractal”.

A escolha para atuarem nessa enigmática e curiosa construção dramática, com personagens que “falassem”, apenas, com a sisudez e o seu próprio ritmo, na cena, vez que optamos por não abusar do discurso falado direto, habitual, foi um dos nossos grandes desafios. Mais ainda, porque optamos por atores não-profissionais para fazê-lo. Entendíamos nós da Produção do filme, especialmente, após longas discussões sobre o assunto, que o fato de uma nova cara na atuação, de certa maneira, haveria de nos livrar de alguns incômodos estereótipos. Assim aconteceu.

Entre tantas idas e vindas, do então volume de material gravado, em que a Capital parahybana faz-se, igualmente, protagonista da estória, criamos um filme de média-metragem, também, com sabor de História do nosso tempo. Resultado, preconizado está a constatação de alguns valores que conseguem pensar e escrever a vida de forma incomum. Uma opção videomaker diferenciada sobre um universo metafórico, intrigante, intimista e até místico, sobre as múltiplas esquinas da vida, seus mirantes dos dias; um misto de enigmas e viajores do tempo.


Sinopse

Há anos vivendo fora do Brasil, hoje professor aposentado ele decide resgatar pessoalmente os bens de família havia muito deixados na cidade em que nascera. O retorno de Antomarchi (Ricardo Moreira) o faz lembrar-se dos primeiros anos de sua infância e da adolescência cheia de musicalidade e fantasias. Tempos dos antigos cinemas e filmes memoráveis, personagens de revistas em quadrinhos e do colégio onde estudou. Tudo agora é lembrado no seu breve trajeto pela cidade. Mudanças marcantes aconteceram na urbe, desde sua partida para a França. Hoje, ele alimenta uma nostálgica visão do passado. O contato mais sensível de Antomarchi será com o velho sobrado onde residiu quando criança. Imagem que guardara com carinho durantes anos. Ao adentrar o sombrio casarão, revive a presença de seus antepassados, os caminhos matinais da escola, as alegres tocatas de oboé e situações dante jamais sentidas. É um reencontro consigo mesmo. No interior do antigo solar, entre estantes e livros, antigas fotos desbotadas de família, um velho piano negro empoeirado de notas dissonantes e os “fantasmas” de toda uma vida...

Época da ação

A estória, que tem início no final da primeira década do século XXI, obedece a uma diversificada cronologia de tempo: Resgata o início dos anos sessenta, época doirada do personagem quando criança; posteriormente, retroage ao final dos anos 40, resgatando através da música do menino algumas figuras ancestrais, simbolicamente curiosas e familiares, culminando sua trajetória à época atual.

Ficha Técnica

ANTOMARCHI” dos Contos de Mirabeau Dias e Suely Cavalcanti Dias – Com o ator Ricardo Moreira, apresentando Joelma Cavalcanti e Danrley Natan – Produção: ASProd e MDias - Roteiro e Direção de Alex Santos e Assistente Manoel Jaime - Fotografia e Câmera: Alexandre Menezes (ASP) - Música: Léo Duarte e Vângelis. Filme COR, 36 minutos, originalmente realizado em HD para Blu-Ray pela Empresa AS Produções Cinema e Vídeo/maio/2010.

(Notas (in copydesc) para simples divulgação nas diversas mídias, sob responsabilidade de ASPROD.com.br )

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br