terça-feira, 31 de janeiro de 2012

“A NINHADA”


Será lançado nesta sexta-feira (03), às 10h00, na ADUFPB/UFPB, a mais nova realização da AS Produções Cinema e Vídeo, a mesma empresa que produziu o premiado média-metragem “Antomarchi”, no ano passado.


Baseado em conto do genealogista Nivalson Miranda (que atua como narrador no filme), “A NINHADA” é um curta-metragem de 10 minutos de duração, gravado na zona rural da cidade de Serra Branca, interior paraibano. O vídeo, que tem um apelo ecológico importante, conta a estória de uma família da região do Cariri, que mora na propriedade de um coronel e “capitão do mato” (Simplício Clemente), que ordena ao seu morador a queima da capoeira para a plantação de lavouras.

Realizado pela ASPROD e com apoio da ADUFPB e CCHLA, o vídeo traz uma mensagem de preocupação ecológica através da visão de um menino de 11 anos (Jaiane), interpretado por um garoto da própria região de Serra Branca, e o pai dele (Seu Biu) interpretado pelo ator Ricardo Moreira. O mesmo que protagonizou “Antomarchi”, filme também realizado pela AS Produções, ganhador do Prêmio de Melhor Média-Metragem de Ficção 2011 da Academia Paraibana de Cinema.

“A NINHADA” tem importância singular, ainda, por ter sido um vídeo realizado como Extensão do Curso de Comunicação Social da UFPB, através do Departamento de Mídias Digitais, sob a orientação do professor Alex Santos, que leciona as disciplinas Direção de TV e Fotografia. O também professor José Nilton da Silva fez a Fotografia de Still. O trabalho teve caráter de extensão do curso e teve na monitoria a participação dos alunos Marcelo Quixaba (Câmera e Fotografia) e de Joelma Cavalcanti Albuquerque na Assistência de Produção.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

“ANTOMARCHI” EM BLU-RAY JÁ NAS LOCADORAS

Alexandre Menezes Produtor de "Antomarchi"
Formalmente anunciada sua distribuição comercial durante as comemorações do Dia Mundial do Cinema, recentemente no Espaço Cultural Jose Lins do Rego, a obra de ficção premiada pela Academia Paraibana de Cinema “ANTOMARCHI” já pode ser encontrada em DVD e Blu-Ray nas principais locadoras de vídeos de João Pessoa. O filme vem acompanhado de um Making-Off especial com entrevistas da produção, da direção do filme e dos atores, além de cenas dos sets de gravação, do “trailer” e do vídeo de sua premiação.
AS Produções Cinema & Vídeo e MDias Construções e Incorporações, produtoras de “ANTOMARCHI”, foram representadas no evento da Funesc, respectivamente, pelos seus titulares Alexandre Menezes e Mirabeau Dias, ambos também responsáveis pelo atual e importante projeto que contempla uma série de entrevistas de personalidades da vida cultural paraibana no século XX.
Considerada a primeira realização cinematográfica finalizada na nova técnica blu-ray, na Paraíba, “ANTOMARCHI” (2010) narra a trajetória de um professor universitário aposentado, que após alguns anos ausente retorna da França para a sua cidade natal (Capital João Pessoa), onde revive inusitadas situações do passado. Ao visitar o escuro e antigo sobrado em que passou sua infância e adolescência, hoje totalmente abandonado, estranhas figuras são agora por ele lembradas. Mais de meio século se passou, mas sua memoria continua viva de quando deixou para trás, ainda criança, o gosto pela música do oboé, as matinês do cinema Rex e os caminhos que o levavam diariamente à escola no outro lado da cidade.
Produção totalmente independente, realizada com recursos financeiros próprios e sem nenhuma ajuda de verbas oficiais, “Antomarchi” é um filme que se impõe à sua maneira. “O nosso diferencial foi o de produzir um filme isento de ambições materiais, não obstante o grande interesse de se realizar uma obra respeitosa, com um sério caráter profissional de Planejamento e Finalização. Este foi o segredo de Antomarchi”, afirma Alexandre Menezes, um dos produtores do filme.
Recentemente, em entrevista, Alexandre acrescenta: “Não foi fácil realizar o “Antomarchi”. Foi realmente uma grande aventura. Principalmente, se considerarmos a singularidade e complexidade dos contos que deram origem ao filme. Sua proposta cenográfica tem muito a ver com a visão do personagem-título. Ela é apresentada através de um estado de contemplação e perplexidade do próprio “Antomarchi”, ao retornar à sua cidade natal, que também tem a função de protagonista no filme.”
Sobre a produção e a cenografia utilizadas, ele afirma: “Quanto ao casarão e suas relíquias internas, componentes marcantes na estória, esses fazem parte de uma situação mais íntima e familiar do personagem. As cenas externas do filme, principalmente as da caminhada do “Antomarchi” criança pelo centro da cidade, deram bastante trabalho, em razão da “poluição visual” que hoje temos em João Pessoa.”
E conclui: “A sequência mais difícil de realizar foi a da esquina do antigo Cinema REX, quando tivemos que recompor, de certa forma uma visão do início dos anos 60, relembrando visualmente alguns valores de época, o que não foi nada fácil. Além das externas do hospital, remontando os idos do final dos anos 40. Essa, nós a construímos com automóveis antigos, justamente os veículos utilizados logo depois da Segunda Grande Guerra. A Produção do “Antomarchi” foi realmente uma saga, com o grande mérito de toda uma equipe genuinamente paraibana. Resultado que agora está sendo entregue carinhosamente ao nosso público...”.

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e jornalista.