sábado, 30 de maio de 2009

Encontro discute sobre linguagens do cinema e tv

Na noite da quinta-feira (28) passada, fui alvo de uma espécie de sabatina no Departamento de Comunicação da UFPB. Alunos de Relações Públicas e de Comunicação me crivaram de perguntas, no Auditório “Aruanda”, por ocasião da Semana de Extensão do DecomTur, indagando qual a minha opinião sobre a qualidade da atual produção brasileira de cinema frente à televisão. Respondi nos termos que sempre defendi e que fazem parte do meu livro “Cinema e Televisão – Uma relação Antropofágica”.

Destacando as especificidades do cinema e da TV, no tocante às condições técnicas e de linguagens de ambos os “media”, pude constatar algumas dúvidas que ainda persistem nos nossos estudantes, notadamente, na questão do documentário frente à narrativa ficcional, enquanto produtos de informação e de pretensa comunicação. Para uma boa parte dos alunos, o documentário continua sendo Cinema; não um produto de característica eminentemente televisiva.

Enquanto recurso narrativo de registro audiovisual, após a chegada da tecnologia do videotape, nos anos 60, a Entrevista, por exemplo, perdeu todo o seu significado formal dentro do cinema. Passou a ser um recurso estigmatizado e de interesse imediato, somente bem traduzido por um veículo da importância da televisão; não do cinema. O primeiro pelo caráter reconhecidamente fragmentado do seu discurso; o segundo pela inteireza que trata esse mesmo discurso, embora preso por uma série de normas muito próprias da dramaturgia.

Há quem diga que o documentário é “entretenimento”. Discordo. A diversão (característica própria da Arte-do-Filme) é motivada, sobretudo, por uma “fantasia”. O documentário na sua forma tradicional, como vem sendo ainda produzido, ele não nos motiva a essa fantasia. Ele nos move, simplesmente, a uma curiosidade sobre os “fatos” então abordados, porquanto estruturados em situações supostamente reais. Mesmo nos filmes curtos ou longos, nessas categorias de produção, os documentários nos chegam sob uma extrema e pessoal curiosidade de conhecimento sobre algo que ainda não sabemos, ou que sabemos e queremos maiores detalhes.

A Dramaturgia do cinema (herança do teatro) nos dá outra dimensão apreciativa dessa “realidade” registrada pelo documentário. Porque ela é expressa por meio de uma Representação dessa mesma realidade, levando em consideração uma gramática narrativa rígida de tempo e de espaço pré-estabelecidos. As insistentes indagações dos alunos presentes, entre os quais Cláudia, Carlos e Rian, sobre o tema que abordei (“A linguagem do Cinema e da Televisão”), somente serviram para enriquecer o debate. Bem como, a exibição do nosso vídeo: “Elipse – A Idade do Cinema”, bastante aplaudido no final de sua apresentação.

ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br

terça-feira, 26 de maio de 2009

APC participa da Semana de Cinema do DecomTur


Programa de cinema, na expressão maior do termo, é o que está acontecendo no DecomTur – Departamento de Comunicação e Turismo, da Universidade Federal da Paraíba, desde o início desta semana. Trata-se de um programa dedicado às atividades de Extensão do Curso de Comunicação Social do CCHLA. Ali, estão sendo exibidos filmes, palestras e debates sobre a Sétima Arte, tudo sob comando do Professor Pedro Nunes, Coordenador do DecomTur.


A Academia Paraibana de Cinema marca presença nesta quarta-feira (27), pela manhã, com uma palestra dos Dirigentes sobre a filosofia da entidade, antecedida da apresentação de um vídeo de 10 minutos sobre a Solenidade de Posse de todos os Acadêmicos, que aconteceu meses atrás no Hotel Tambaú, dentro da programação do Fest Aruanda.


Na oportunidade serão distribuídos com alunos e convidados presentes exemplares do último Boletim Informativo da APC, cuja Diretoria e demais acadêmicos da entidade foram especialmente convidados pela organização da Semana de Atividades de Extensão do DecomTur, considerada um evento da mais alta importância e de auxílio real aos cursos de graduação do departamento.


Para esta quinta-feira (28), à noite, está sendo agendada pela programação do evento uma palestra deste colunista, versando sobre “Linguagem do Cinema e da Televisão”, tema que o autor desenvolveu em sua tese de Mestrado na Universidade de Brasília. O tema ressalta o significado correto de algumas terminologias, tanto na produção de cinema como de TV, que, na maioria das vezes são usadas equivocadamente por repórteres e apresentadores dos nossos telejornais.


ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, cineasta e jornalista.

E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br

sábado, 16 de maio de 2009

Metade Brasil, metade França: Estamos “à deriva”, em Cannes

Ao apagar das luzes o filme de Heitor Dhalia, “À Deriva”, foi selecionado para o Festival de Cannes, que ora acontece na Riviera francesa. O Brasil entra pela metade, já que a produção é franco-brasileira, com atores também franceses nos papéis principais. Este ano, segundo se comenta, não vai ter pra ninguém. A não ser para os veteranos, entre tantos; os nossos passam bem ao largo...
A 62ª edição da mostra de cinema de Cannes, já iniciada e que vai até final da próxima semana, selecionou nomes de peso como o francês Alain Resnais (86 anos), o dinamarquês Lars von Trier, o espanhol Pedro Almodóvar, além de Quentin Tarantino e Ang Lee. Uma turma da pesada, mesmo! Não sem razão que o nosso barco ficou mesmo à deriva...
Mesmo assim, esta semana, pude ler uma entrevista do diretor Heitor Dhalia, que nos representa lá em Cannes, dizendo o seguinte: “Ter um filme selecionado em Cannes é ver um sonho se realizando. Há dois anos, estive lá justamente para anunciar o projeto de 'À Deriva". Quem é cinéfilo sabe o que essa notícia significa".
Não tão remotamente, a simples seleção de um filme brasileiro em Cannes, se não me engano, representava algo normal. Hoje, como vimos, representa e tanto! Mesmo porque a disputa pela Palma de Ouro este ano é encabeçada por cineastas celebrados e veteranos da sétima arte havia muito.
Penso até, diante de tanta conformação nossa a uma simples seleção, que isso vem acontecendo (e não é só hoje) porque estamos lá sempre pela metade. Isto é: metade Brasil, metade França, para falarmos mais objetivamente a linguagem do mundo da Produção cinematográfica. No total, 53 filmes de 23 países estão na seleção. 20 deles em competição pela Palma de Ouro, outros 20 na seção de simples "Um Certo Olhar", que é onde nos encontramos. Coisa dos novos tempos!

ALEX SANTOS – jornalista e cineasta, da Academia Paraibana de Cinema.E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

quarta-feira, 13 de maio de 2009

APC lança o Informe 2


Já no site da Academia Paraibana de Cinema, a versão eletrônica do Informe APC. Circulando também na sua versão impressa e em cores, o atual boletim prima pela informação rápida, porém precisa e atualizada, com as mesmas características e designs do anterior, num trabalho de arte e editorial da empresa AS Produções.

A manchete principal traz referência ao compromisso do atual Sub-Secretário de Cultura do Estado, artista plástico Flávio Tavares, com a atual situação dos nossos acervos de cinema. Acervos sobre os quais já falamos aqui, notadamente, aqueles cuja situação não é das melhores, em razão do desprezo e da falta de cuidados especiais – preservação, localização, utilização, etc.

Para Flávio, no seu discurso de abertura da exposição sobre Machado Bitencourt, na Funesc, promovida pela Academia de Cinema, dias atrás, há uma preocupação muito grande da parte dele pelos acervos atualmente existentes na Paraíba. Principalmente os de cinema, que ele considera dos mais importantes. E fez ressalvas, inclusive, ao acervo do Cinema Educativo da Paraíba, que parece não mais existir, e o da Cinética de Campina Grande.

Sobre o da Cinética, que se encontra sob a guarda da viúva de Machado Bitencourt, e por se encontrar já no Espaço Cultural José Lins do Rego, embora em local não bem apropriado, o Sub-Secretário pretende “rever essa situação”. Com relação ao acervo do antigo Cinema Educativo, de João Córdula, cuja memória foi lembrada, o próprio Flávio Tavares disse não mais acreditar na sua existência. “Mesmo assim, faremos tudo para restaurá-lo”, disse.

O novo Informe traz também outras matérias de interesse, entre elas, a reunião do IPHAEP, entre o presidente da instituição, Damião Ramos, e a Diretoria da APC, sobre os preparativos da Revista da Academia, que deve ser lançada nos próximos dias. Outro destaque é para as “Atividades dos Acadêmicos”, coluna que destaca o que está sendo realizado sobre cinema, pelos atuais membros da Academia.

Em férias em João Pessoa, o ator José Dumont foi homenageado pela Academia, ao receber o Diploma de Sócio Benemérito, solenidade acontecida durante a realização do Cineport. O mesmo ocorreu com a atriz Marcélia Cartaxo, também na abertura do Festival de Cinema de Países da Língua Portuguesa. A página da APC é só lincar: http://www.academiaparaibanadecinema.com.br/

ALEX SANTOS – professor, cineasta e membro da Academia de Cinema.E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
Já no site da Academia Paraibana de Cinema, a versão eletrônica do Informe APC. Circulando também na sua versão impressa e a cores, o atual boletim prima pela informação rápida, porém precisa e atualizada, com as mesmas características e designs do anterior, num trabalho de arte e editorial da empresa AS Produções.A manchete principal traz referência ao compromisso do atual Sub-Secretário de Cultura do Estado, artista plástico Flávio Tavares, com a atual situação dos nossos acervos de cinema. Acervos sobre os quais já falamos aqui, notadamente, aqueles cuja situação não é das melhores, em razão do desprezo e da falta de cuidados especiais – preservação, localização, utilização, etc.Para Flávio, no seu discurso de abertura da exposição sobre Machado Bitencourt, na Funesc, promovida pela Academia de Cinema, dias atrás, há uma preocupação muito grande da parte dele pelos acervos atualmente existentes na Paraíba. Principalmente os de cinema, que ele considera dos mais importantes. E fez ressalvas, inclusive, ao acervo do Cinema Educativo da Paraíba, que parece não mais existir, e o da Cinética de Campina Grande.Sobre o da Cinética, que se encontra sob a guarda da viúva de Machado Bitencourt, e por se encontrar já no Espaço Cultural José Lins do Rego, embora em local não bem apropriado, o Sub-Secretário pretende “rever essa situação”. Com relação ao acervo do antigo Cinema Educativo, de João Córdula, cuja memória foi lembrada, o próprio Flávio Tavares disse não mais acreditar na sua existência. “Mesmo assim, faremos tudo para restaurá-lo”, disse.O novo Informe traz também outras matérias de interesse, entre elas, a reunião do IPHAEP, entre o presidente da instituição, Damião Ramos, e a Diretoria da APC, sobre os preparativos da Revista da Academia, que deve ser lançada nos próximos dias. Outro destaque é para as “Atividades dos Acadêmicos”, coluna que destaca o que está sendo realizado sobre cinema, pelos atuais membros da Academia.Em férias em João Pessoa, o ator José Dumont foi homenageado pela Academia, ao receber o Diploma de Sócio Benemérito, solenidade acontecida durante a realização do Cineport. O mesmo ocorreu com a atriz Marcélia Cartaxo, também na abertura do Festival de Cinema de Países da Língua Portuguesa, que termina neste domingo 10 de maio. A página da APC é só lincar: www.academiaparaibanadecinema.com.brALEX SANTOS – professor, cineasta e membro da Academia de Cinema.E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br

terça-feira, 12 de maio de 2009

Feedback a um velho amigo de cinema


Sempre me foi gratificante interagir com um amigo influente, que milita o mesmo espaço que eu, nessa estória toda de cinema paraibano. Já pela segunda vez, desde que nos puseram “imortais”, recebo mensagens do amigo Romero Azevedo, de Campina Grande. Tanto quanto eu, homem do eito das redações de jornais, do rádio e da televisão, sempre buscando dar o melhor que temos ao re/conhecimento do nosso “cinema de província”.

Pois bem, esta semana – via minha coluna no site ancomarcio.com – recebi mais uma mensagem do amigo Romero. Dessa vez, com toda razão, cobrando-me algo que não depende só de mim, mas da Diretoria da APC. Entidade que vem tendo o cuidado possível na divulgação das nossas “potencialidades cinematográficas”, amplamente reconhecidas, mais uma vez, por entidades e representações presentes ao recente Cineport.

Eis a mensagem do Romero: “Caro Alex, tudo bem? Me surpreendeu no quadro de atividades dos membros da nossa APC a ausência do meu trabalho na TV Itararé/Cultura (emissora de alcance estadual, aí em J. Pessoa é o canal 45) conforme havia lhe comunicado. Peço ao colega que coloque essa informação na edição digital (já que na impressa é impossível) pois do jeito que está passa a falsa impressão que estou aposentado cuidando apenas da parte social da entidade.

Devo acrescentar também que leciono no curso de graduação em Arte e Mídia da UFCG as disciplinas "Introdução ao Cinema", "Cinema Brasileiro" e "Análise Crítica do Filme Cinematográfico". Também escrevo coluna mensal no jornal A Margem (número 12 já circulando), único do estado totalmente sobre Cinema. A parte isso, integro juntamente com Rômulo a comissão que escolhe o melhor filme paraibano e o melhor filme nacional que merecem o troféu "Rômulo e Romero Azevêdo de Cinema", instituído em 2008 pelo COMUNICURTAS - O Festival de Cinema de Campina Grande (próxima edição em agosto).

Devo dizer ainda que, em agosto último, defendi dissertação no mestrado em Literatura e Interculturalidade (UFPE-UEPB) com o tema "Um trânsito naturalista: da literatura ao cinema brasileiro". Por enquanto é isso. Um forte abraço e agradeço antecipadamente a devida correção.”

Ipso facto, amigo Romero, dei o seu recado e o fiz publica e antecipadamente, através do meu próprio blog (http://www.alexsantospb.blogspot.com). Espero tê-lo atendido. Quanto à “devida correção” solicitada pelo amigo, agora é só esperar pelo próximo Informe da APC.

ALEX SANTOS – MS em Comunicação Social pela UnB/DF, cineasta e membro da Academia Paraibana de Cinema. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br /

sábado, 9 de maio de 2009

Academia Paraibana de Cinema já tem novo Informe

Já no site da Academia Paraibana de Cinema, a versão eletrônica do Informe APC. Circulando também na sua versão impressa e a cores, o atual boletim prima pela informação rápida, porém precisa e atualizada, com as mesmas características e designs do anterior, num trabalho de arte e editorial da empresa AS Produções.

A manchete principal traz referência ao compromisso do atual Sub-Secretário de Cultura do Estado, artista plástico Flávio Tavares, com a atual situação dos nossos acervos de cinema. Acervos sobre os quais já falamos aqui, notadamente, aqueles cuja situação não é das melhores, em razão do desprezo e da falta de cuidados especiais – preservação, localização, utilização, etc.

Para Flávio, no seu discurso de abertura da exposição sobre Machado Bitencourt, na Funesc, promovida pela Academia de Cinema, dias atrás, há uma preocupação muito grande da parte dele pelos acervos atualmente existentes na Paraíba. Principalmente os de cinema, que ele considera dos mais importantes. E fez ressalvas, inclusive, ao acervo do Cinema Educativo da Paraíba, que parece não mais existir, e o da Cinética de Campina Grande.

Sobre o da Cinética, que se encontra sob a guarda da viúva de Machado Bitencourt, e por se encontrar já no Espaço Cultural José Lins do Rego, embora em local não bem apropriado, o Sub-Secretário pretende “rever essa situação”. Com relação ao acervo do antigo Cinema Educativo, de João Córdula, cuja memória foi lembrada, o próprio Flávio Tavares disse não mais acreditar na sua existência. “Mesmo assim, faremos tudo para restaurá-lo”, disse.

O novo Informe traz também outras matérias de interesse, entre elas, a reunião do IPHAEP, entre o presidente da instituição, Damião Ramos, e a Diretoria da APC, sobre os preparativos da Revista da Academia, que deve ser lançada nos próximos dias. Outro destaque é para as “Atividades dos Acadêmicos”, coluna que destaca o que está sendo realizado sobre cinema, pelos atuais membros da Academia.

Em férias em João Pessoa, o ator José Dumont foi homenageado pela Academia, ao receber o Diploma de Sócio Benemérito, solenidade acontecida durante a realização do Cineport. O mesmo ocorreu com a atriz Marcélia Cartaxo, também na abertura do Festival de Cinema de Países da Língua Portuguesa, que termina neste domingo 10 de maio. A página da APC é só lincar: www.academiaparaibanadecinema.com.br

ALEX SANTOS – professor, cineasta e membro da Academia de Cinema.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br