Cinema e Televisão são meios criados para, cada um em sua especificidade, informar bem o público. O primeiro diz respeito ao entretenimento, à diversão, basicamente; o segundo, à interatividade informativa/formativa, porquanto basear-se no fato corriqueiro do nosso quotidiano e por este influenciado. Agente repassador que é a tv – sempre foi e será – das “verdades” existenciais da nossa sociedade.
Recentemente, assistindo à nova minissérie da TV Globo – “Capitu” –, mais uma vez coube-me ratificar posicionamentos sobre o uso de linguagens audiovisuais, enquanto arte de massa, que vêm sendo utilizadas por ambos os medias. Opiniões essas amplamente já defendidas por mim, justamente em livro que publiquei objeto de tese de minha conclusão de Mestrado na Universidade de Brasília.
Não bastasse a afirmação do diretor Luiz Fernando Carvalho, de “Capitu”, segundo a qual “Machado de Assis é pop”; não bastasse o apuro técnico das imagens construídas, então, deveras criativas e em ritmo “clipsado”, e não bastasse, finalmente, a singularidade de sua construção narrativa de espaço/tempo revividos diferentemente do romance de Machado, essa nossa “Capitu”, mesmo em sendo “pop”, em termos de televisão, não convence.
Nossos telespectadores estão habituados com a dramaturgia linear de telenovela, cuja narrativa obedece ao tradicional início-meio-fim. Usualmente, quando se cria o recurso do “flashback” na narrativa, considera-se uma “volta ao passado” e isso é feito para “esclarecer” uma situação que se passa no presente. Ao contrário, a grande maioria do telespectador não se sentiu confortável com o tipo de narrativa usada em “Capitu”. E quantos não desistiram já a partir do terceiro capítulo...
Misto de teatro e videoclipe, com indiscutível qualidade imagética e performance criativa, mesmo assim, o trabalho de Luiz Fernando contraria um dos princípios básicos da TV, qual seja, o de dar ibope. Dados que conseguimos captar ao longo da semana que passou, muitas foram as desistências à minissérie da Globo. A alegação de rejeição disse respeito, sempre, ao método narrativo utilizado, embora visualmente belo, porém, confuso.
Válido enquanto exercício inovado de construção de imagens em movimento, típico de um cinema feito para intelectuais e de ousadas possibilidades narrativas, essa “Capitu” houve de jamais se dar a esse luxo enquanto produto televisivo. Por mais “pop” que tenha sido suas pretensões, e considerada como tal, produções dessa ordem se adéquam mais ao cinema que à televisão. Por razões estritamente óbvias...
Recentemente, assistindo à nova minissérie da TV Globo – “Capitu” –, mais uma vez coube-me ratificar posicionamentos sobre o uso de linguagens audiovisuais, enquanto arte de massa, que vêm sendo utilizadas por ambos os medias. Opiniões essas amplamente já defendidas por mim, justamente em livro que publiquei objeto de tese de minha conclusão de Mestrado na Universidade de Brasília.
Não bastasse a afirmação do diretor Luiz Fernando Carvalho, de “Capitu”, segundo a qual “Machado de Assis é pop”; não bastasse o apuro técnico das imagens construídas, então, deveras criativas e em ritmo “clipsado”, e não bastasse, finalmente, a singularidade de sua construção narrativa de espaço/tempo revividos diferentemente do romance de Machado, essa nossa “Capitu”, mesmo em sendo “pop”, em termos de televisão, não convence.
Nossos telespectadores estão habituados com a dramaturgia linear de telenovela, cuja narrativa obedece ao tradicional início-meio-fim. Usualmente, quando se cria o recurso do “flashback” na narrativa, considera-se uma “volta ao passado” e isso é feito para “esclarecer” uma situação que se passa no presente. Ao contrário, a grande maioria do telespectador não se sentiu confortável com o tipo de narrativa usada em “Capitu”. E quantos não desistiram já a partir do terceiro capítulo...
Misto de teatro e videoclipe, com indiscutível qualidade imagética e performance criativa, mesmo assim, o trabalho de Luiz Fernando contraria um dos princípios básicos da TV, qual seja, o de dar ibope. Dados que conseguimos captar ao longo da semana que passou, muitas foram as desistências à minissérie da Globo. A alegação de rejeição disse respeito, sempre, ao método narrativo utilizado, embora visualmente belo, porém, confuso.
Válido enquanto exercício inovado de construção de imagens em movimento, típico de um cinema feito para intelectuais e de ousadas possibilidades narrativas, essa “Capitu” houve de jamais se dar a esse luxo enquanto produto televisivo. Por mais “pop” que tenha sido suas pretensões, e considerada como tal, produções dessa ordem se adéquam mais ao cinema que à televisão. Por razões estritamente óbvias...
ALEX SANTOS-Membro da Academia Paraibana de Cinema. E-mails: alexjpb@tahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br / contato@asprod.com.br
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