Verdadeiramente “amado” por milhões de adeptos do mundo todo, tanto quanto as imagens por ele ainda produzidas e toda a magia que elas representam, mais ainda, por ser instrumento tecnologicamente versátil na estimulação dos nossos sonhos, o velho novo Cinema está a completar cento e dez anos de existência. Isso, se considerada sua performance de entretenimento, apenas ampliada com a preconizada Revolução Industrial, entre os séculos dezenove e vinte.
Nesse 28 de dezembro, Dia Mundial do Cinema, a Academia Paraibana de Cinema, recentemente criada, promoveu encontro entre seus Acadêmicos para homenagear aquela que é a Sétima Arte. Registramos presença. Oportunamente, lançamos pela primeira vez o curta “ELIPSE – A Idade do Cinema”. Trabalho que traz como tema não apenas uma série de imagens soltas de filmes, mas uma proposta narrativa de começo-meio-fim, qual seja, aquela que sempre popularizou a singular história do cinema através da imaginação de seus incontáveis cinéfilos.
Independentemente do caleidoscópio de imagens, tipos humanos e da própria categoria formal usados em “Elipse”, o curta não apenas se presta a uma simples reflexão memorialista sobre os filmes que vimos em nossas vidas. Preconiza, isso sim, pela tese de que o Cinema (“kinnema” do Grego), enquanto imagem em movimento, recurso “cinético”, estaria muito aquém da Modernidade. E que sua História jamais se esgota com as primeiras luzes artificiais dos estúdios, ou com seus contornos criados pela “gramática cinematográfica”, a partir D.W. Griffith.
“ELIPSE” parte da premissa de que a Imagem (percebida/captada/registrada), enquanto produto de luz e sobra, repousaria num passado havia anos luz, anterior aos primeiros inventos dos Irmãos Lumière e Cia. Indiscutivelmente, o fenômeno da Imagem remontaria aos primeiros gestos na sua percepção, o que não terá sido, sequer, com o “homo sapien”; Mas, antes deles. De que o milagre da Imagem, seja por meio da visão humana ou animal, transcende ao mero prazer da criatividade material e artística, fenômeno imposto pelo próprio Cinema.
“ELIPSE”, não obstante, através de suas imagens contempla a genialidade do Cinema enquanto Arte, quando particularmente homenageia a um dos maiores ícones do cinema de todos os tempos, e a tantos outros de igual significação. Contudo, sem menosprezar a Natureza e seus fenômenos físicos. Este, que terá sido deveras o motivo maior, o caminho percorrido pela Imagem por todos esses séculos. Caminho que deságua nas inovações tecnológicas, nas contradições humanas, propondo a perplexidade de um novo e ignoto começo...
ALEX SANTOS – Da Academia Paraibana de Cinema (APC). E-mail: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br / contato@asprod.com.br
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
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