Escrevendo recentemente para um outro portal, abordei essa mesma questão, que diz respeito direto a uma das problemáticas mais antigas da produção de filmes, no Brasil. Agora volto a me reportar sobre o assunto.
Assisti pela tv a um debate sobre cinema e televisão, recentemente, oportunidade em que se discutiam, mais uma vez, algumas opiniões que venho tendo havia muito. Opinião que, como se sabe, não terá sido apenas minha, mas dos quantos se preocupam com os destinos do cinema nacional. Trata-se da questão do espaço para o filme brasileiro de longa-metragem nas TVs abertas deste País.
Impressionante é saber que todos são de comum acordo, quer seja da produção de cinema, quer seja da própria televisão, por uma nova política de exibição do produto cinematográfico brasileiro. O fato é que, na hora “h” o lobismo empresarial das distribuidoras internacionais funciona firme nos bastidores do Congresso Nacional e, sob essa ótica, não há mandato parlamentar sério que se sustente...
Claro que estou falando de um debate sobre a obrigatoriedade de exibição do filme brasileiro na TV, realizado por uma emissora do próprio Congresso Nacional. No programa “Ver TV”, da TV Câmara, por sinal, um dos únicos espaços abertos onde se discute Cultura com certa seriedade, estava presente um dos nossos cineastas mais influentes: Silvio Tendle, do documentário “JK” e tantos outros.
Dentre as opções apontadas para o problema da distribuição do produto filmico brasileiro, mencionou-se o Canal Brasil como uma saída para o cinema nacional. A TV estatal só não basta. A própria Globo, de quando em vez possibilita uma série de filmes brasileiros, mas é muito pouco. A programação que essa tv faz (anualmente), contemplando alguns poucos filmes, inclusive em horários madrigais, é insipiente. Contraditando a tudo isso o fato de que o filme nacional sempre deu ibope nas TVs abertas. Então, qual é a questão?
O cineasta Cacá Diegues, (foto) também entrevistado no programa, adverte que “o monopólio de Hollywood é muito grande”. Disso nós já sabemos desde muito tempo. Mas não é só isso, pois sabemos que existe no Brasil a cultura de se produzir cinema e vender em pacotes, como se fosse um produto por atacado. Mesmo assim, essa tal “distribuição” jamais funcionou.
Cinema no Brasil é uma Arte que virou “mercadoria”, longe, muito longe de ter o seu maior desiderato de seriedade: instruir, aculturar, divertir... Mesmo que nunca tenhamos que chegar aos patamares de sofisticação industrial do cinema norte-americano, ao qual sempre fomos submetidos e com ele fomos habituados a conviver; com ou sem o tal Bush no poder.
Impressionante é saber que todos são de comum acordo, quer seja da produção de cinema, quer seja da própria televisão, por uma nova política de exibição do produto cinematográfico brasileiro. O fato é que, na hora “h” o lobismo empresarial das distribuidoras internacionais funciona firme nos bastidores do Congresso Nacional e, sob essa ótica, não há mandato parlamentar sério que se sustente...
Claro que estou falando de um debate sobre a obrigatoriedade de exibição do filme brasileiro na TV, realizado por uma emissora do próprio Congresso Nacional. No programa “Ver TV”, da TV Câmara, por sinal, um dos únicos espaços abertos onde se discute Cultura com certa seriedade, estava presente um dos nossos cineastas mais influentes: Silvio Tendle, do documentário “JK” e tantos outros.
Dentre as opções apontadas para o problema da distribuição do produto filmico brasileiro, mencionou-se o Canal Brasil como uma saída para o cinema nacional. A TV estatal só não basta. A própria Globo, de quando em vez possibilita uma série de filmes brasileiros, mas é muito pouco. A programação que essa tv faz (anualmente), contemplando alguns poucos filmes, inclusive em horários madrigais, é insipiente. Contraditando a tudo isso o fato de que o filme nacional sempre deu ibope nas TVs abertas. Então, qual é a questão?
O cineasta Cacá Diegues, (foto) também entrevistado no programa, adverte que “o monopólio de Hollywood é muito grande”. Disso nós já sabemos desde muito tempo. Mas não é só isso, pois sabemos que existe no Brasil a cultura de se produzir cinema e vender em pacotes, como se fosse um produto por atacado. Mesmo assim, essa tal “distribuição” jamais funcionou.
Cinema no Brasil é uma Arte que virou “mercadoria”, longe, muito longe de ter o seu maior desiderato de seriedade: instruir, aculturar, divertir... Mesmo que nunca tenhamos que chegar aos patamares de sofisticação industrial do cinema norte-americano, ao qual sempre fomos submetidos e com ele fomos habituados a conviver; com ou sem o tal Bush no poder.
ALEX SANTOS – Mestre em Comunicação Social pela UnB, jornalista e cineasta.
alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br
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