O ato de
dirigir uma obra seja ela filmada ou gravada (favor ver a diferença) representa
um dos pontos de maior responsabilidade, na estruturante Organização da Produção
dessa mesma obra. Uma lógica racional, justa, que jamais deve ser olvidada até
em razão do objetivo final – seja esse um produto ótimo, satisfatório ou não. Assunto
sobre o qual tenho insistido junto aos nossos alunos de Comunicação Social, na
UFPB.
Não obstante
ser verdadeira essa lógica, na direção de um trabalho de equipe, sobretudo a capacidade
e habilidade de quem manipula a Finalização, a prax da junção das ideias, dando-lhes sentido e notoriedade (seja
do diretor imediato ou de quem quer que seja) é um exercício que também nunca
deve ser esquecido. Quem fica por detrás das câmeras e da switch, caso específico de Televisão, merece e deve ser igualmente exultado,
público.
Erro crasso
tem sido praticado, amiúde, em se omitir os nomes daqueles profissionais que
ficam nos bastidores da produção ou mesmo nas clausuras das ilhas de Edição.
São esses, realmente, que dão “vida” às ideias de qualquer outro que busque,
isoladamente, a redoma da virtuosidade exclusiva. Cada obra, seja ela
cinematográfica ou videográfica, é produto do todo empenho e engenhosidade de
uma equipe.
Hoje, os
tempos são outros. Passamos do glamour “mise
au sein” diretiva à habilidade dos grandes finalizadores. Por que são estes
mesmos que já não fazem só o corte de cada fotograma,
mas, manipulam frames. Uma realidade
tecnológica e autoral tão importante quanto à de dirigir, simplesmente. Isto é
fato incontestável...
ALEX SANTOS
da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br
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