quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Uma função a ser também exultada

O ato de dirigir uma obra seja ela filmada ou gravada (favor ver a diferença) representa um dos pontos de maior responsabilidade, na estruturante Organização da Produção dessa mesma obra. Uma lógica racional, justa, que jamais deve ser olvidada até em razão do objetivo final – seja esse um produto ótimo, satisfatório ou não. Assunto sobre o qual tenho insistido junto aos nossos alunos de Comunicação Social, na UFPB.
Não obstante ser verdadeira essa lógica, na direção de um trabalho de equipe, sobretudo a capacidade e habilidade de quem manipula a Finalização, a prax da junção das ideias, dando-lhes sentido e notoriedade (seja do diretor imediato ou de quem quer que seja) é um exercício que também nunca deve ser esquecido. Quem fica por detrás das câmeras e da switch, caso específico de Televisão, merece e deve ser igualmente exultado, público.
Erro crasso tem sido praticado, amiúde, em se omitir os nomes daqueles profissionais que ficam nos bastidores da produção ou mesmo nas clausuras das ilhas de Edição. São esses, realmente, que dão “vida” às ideias de qualquer outro que busque, isoladamente, a redoma da virtuosidade exclusiva. Cada obra, seja ela cinematográfica ou videográfica, é produto do todo empenho e engenhosidade de uma equipe.
Hoje, os tempos são outros. Passamos do glamour “mise au sein” diretiva à habilidade dos grandes finalizadores. Por que são estes mesmos que já não fazem só o corte de cada fotograma, mas, manipulam frames. Uma realidade tecnológica e autoral tão importante quanto à de dirigir, simplesmente. Isto é fato incontestável...

ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br

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