sexta-feira, 29 de outubro de 2010
A ilusão de uma interatividade
Irmãos Lumière:
a essência do
Cinema
Será que cinema é só uma mera ilusão? As imagens que são projetadas numa tela branca significam, apenas, uma quimera? Na grande maioria dos casos, não são a “representação” de uma realidade? Realidade essa, que, convenhamos, de quando em vez são muito mais contundentes e reais que as mostradas pelo próprio cinema.
Um parágrafo inteiro de indagações, como o aqui formulado, quiçá não seja suficiente na busca de uma resposta à definição do que mais simbólico e belo deva ser a Arte-do-filme. Uma Arte singular, completa, com letra maiúscula, que traduz de forma direta através de seu discurso o Intimismo e/ou a Extroversão dos quantos personagens que aborda.
Através de uma remota velocidade em 16 quadros por segundo, ou, no padrão sonoro atual de 24 quadros por segundo, ou, ainda, digitalmente, não importa, a complexidade estrutural narrativa do cinema continua a mesma – A de veicular através do “folhetim” uma mensagem direcionada a “alimentar” o sonho. “Movie”, no começo apenas imagético, hoje, adornado de todos os aparatos audiovisuais e tecnológicos possíveis, mas que se destina ao entretenimento, enquanto função social.
O grande mistério do Cinema está nele mesmo; na sua fantasia que nos transporta! A partir do momento em que se pretenda desmistificar o seu cerne, o seu âmago, a sua essência enquanto “Arte do belo”, pouco ou quase nada restará do seu encantamento. A grande balela no momento é essa estória de ”interatividade” (não confundir com 3D) no cinema. Cinema é arte da contemplação, no inatingível em seu suporte maior: a tela branca do cinema. Por detrás desta, apenas o sonho, “A GRANDE ILUSÃO”. Lembram?...
ALEX SANTOS é Vice-Presidente da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br
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