Há justos dois anos, naquele 06 de junho de 2008, neste mesmo espaço, em artigo que escrevera (“Um cinema com base nas escolas”) eu aplaudia a oportuna e interessante proposta do senador Cristovam Buarque, de Brasília, em se criar mecanismos para se levar sessões regulares de cinema às escolas deste País. Um gesto esboçado no Congresso Nacional pelo senador com finalidade declaradamente cultural/educacional.
Esta semana, ele retornou à tribuna do mesmo Congresso para reforçar essas medidas, cobrando de seus pares e representantes dos Estados da Federação, e até do Governo Federal mais empenho no incremento que prevê a Lei 185/08, para ele fundamental. Inclusive, para que se possam resguardar medidas não só econômicas do Brasil, mas interesses culturais também nacionais.
O Projeto de Lei 185/08 foi protocolado em maio de 2008 e estabelece que a exibição de filmes brasileiros constituirá competente medida curricular e importante ao ensino, complementando a proposta pedagógica da escola. Na visão do senador Buarque, a exibição deve ser obrigatória por no mínimo duas horas mensais e vai contribuir para a formação de novas platéias e o crescimento da indústria cinematográfica no país.
Para o senador Buarque, a única forma de dar liberdade à indústria cinematográfica é criar uma massa de cinéfilos, que invadam nossos cinemas, dando respaldo também econômico à manutenção da indústria cinematográfica. “Isso só acontecerá quando conseguirmos criar uma geração com gosto pelo cinema, e o único caminho é a escola" - afirmou. Sobre essa pretensão, lembro que já existem algumas tentativas nesse sentido, inclusive subsidiadas pelos governos. Mas, ainda é muito pouco!
ALEX SANTOS da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta. E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@asprod.com.br / www.alexsantospb.blogspot.com
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