Entre alfarrábios de mais de meio século, misturados a um montão de latas de filmes 16mm e 35mm, bobinas enferrujadas, carcaças de projetores antigos encarapitadas na parte superior de um monte de prateleiras, num emaranhado de coisas, muitas delas inusitadas, encontro algumas fotos da inauguração de um dos nossos cinemas, em Santa Rita – o Cine São João. Há alguns anos fechado, contudo, motivo de regalo às boas lembranças de minha infância e adolescência.
O significado dessas fotografias, tesouro de uma época em que juntamente com o meu pai não tínhamos despertado de todo para a importância futura de tais registros, é de sublimado interesse para mim. Justo hoje que, amiúde, tenho convivido com pessoas igualmente “contaminadas” pela fantasia e o charme que ainda representa a Arte-do-Filme. Principalmente aquelas, que ainda preservam em suas mentes a essência e o encantamento do verdadeiro Cinema.
Fantasia e realidade mixadas num mesmo instante de descoberta e extrema felicidade, que faço questão de dividir com aqueles tão ou mais respeitosos das coisas do cinema – o meu pai “Seu Biu do Cinema” (in memória), e aos amigos de uma época de “paradiso”, entre eles, o primo Reginaldo Oliveira, médico Manoel Jaime Xavier, antiquário Mirabeau Dias, Assis da projeção, Rubens (Rubão), e os irmãos Antonio, Napoleão e Roberto, estes, tanto quanto eu forjados no mesmo clã dos Alexandre.
Certa vez escrevi, sem precisar muito bem a data daquela exibição, sobre o filme “O Senhor da Guerra” (The Warlord), que inaugurou uma de nossas salas de exibição, nos conturbados anos 60. E que, sem embargo algum à produção hollywoodiana, o título seria o da saga de outro Senhor de todas as nossas “guerras”, que durante mais de meio século vivenciou de forma estóica, sempre de modo peculiar, o exercício da cultura cinematográfica, da diversão, da magia... O “achado” iconográfico de hoje, que ora registramos, reaviva, ratifica reverência a mais esse guardião do celulóide, que se foi com o tempo, também.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
O significado dessas fotografias, tesouro de uma época em que juntamente com o meu pai não tínhamos despertado de todo para a importância futura de tais registros, é de sublimado interesse para mim. Justo hoje que, amiúde, tenho convivido com pessoas igualmente “contaminadas” pela fantasia e o charme que ainda representa a Arte-do-Filme. Principalmente aquelas, que ainda preservam em suas mentes a essência e o encantamento do verdadeiro Cinema.
Fantasia e realidade mixadas num mesmo instante de descoberta e extrema felicidade, que faço questão de dividir com aqueles tão ou mais respeitosos das coisas do cinema – o meu pai “Seu Biu do Cinema” (in memória), e aos amigos de uma época de “paradiso”, entre eles, o primo Reginaldo Oliveira, médico Manoel Jaime Xavier, antiquário Mirabeau Dias, Assis da projeção, Rubens (Rubão), e os irmãos Antonio, Napoleão e Roberto, estes, tanto quanto eu forjados no mesmo clã dos Alexandre.
Certa vez escrevi, sem precisar muito bem a data daquela exibição, sobre o filme “O Senhor da Guerra” (The Warlord), que inaugurou uma de nossas salas de exibição, nos conturbados anos 60. E que, sem embargo algum à produção hollywoodiana, o título seria o da saga de outro Senhor de todas as nossas “guerras”, que durante mais de meio século vivenciou de forma estóica, sempre de modo peculiar, o exercício da cultura cinematográfica, da diversão, da magia... O “achado” iconográfico de hoje, que ora registramos, reaviva, ratifica reverência a mais esse guardião do celulóide, que se foi com o tempo, também.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
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