segunda-feira, 22 de junho de 2009
Cenografia indelével das noites juninas
Sempre me foi mágica a noite junina. Saudosismo ou não, pouco importa, trago ainda comigo as festas memoráveis que vivi, na cidade de Santa Rita, justamente em épocas de Santo Antonio, São João e São Pedro. Costumava vive-las com tudo que tinha direito: fogueira, bandeirolas, lanternas à luz de vela, fogos diversos e muita comida de milho verde, iguarias que somente minha mãe Dona Maria José sabia fazer.
Mas, tinha um problema. Nunca era fácil compatibilizar essas noites de brincadeiras com os compromissos dos nossos cinemas. Após o jantar, meu pai ia logo dizendo: – Olha, rapaz, cuidado pra não se atrasar! Esse chamado, mesmo com todo o entusiasmo por mim vivido naquela noite de cheiro forte de fumaça, de lenha transformada em imenso fogaréu na frente de casa, era uma ordem e eu ia correndo para o cinema, cuja sessão tinha início às 20 horas.
Sempre foi assim. Enquanto meus irmãos mais novos continuavam na brincadeira com os rojões, “peido de velha” e chuveiros de lágrimas incandescentes, acendidos com as tochas da fogueira crepitante, eu ia para o cinema, meu outro “paradiso”. Não menos, carregando ainda comigo os acordes de uma “Açucena Cheirosa”, de um “Buraco de Tatu”, melodias de época executadas pelo inesquecível Luiz Gonzaga e sua sanfona prateada.
Invariavelmente, ano após ano, tudo se repetia. As noites juninas de minha infância e adolescência, sempre deram lugar às responsabilidades com a atividade cinematográfica, herança cultural que me tem influenciado tanto. Quiçá por isso, meu apego às coisas da Imagem e do Cinema. “Cenografia” indelével, que somente existe naqueles que vêem na tradição e no costume uma razão cultural maior em suas vidas.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Tesouros de uma época de “paradiso”
Entre alfarrábios de mais de meio século, misturados a um montão de latas de filmes 16mm e 35mm, bobinas enferrujadas, carcaças de projetores antigos encarapitadas na parte superior de um monte de prateleiras, num emaranhado de coisas, muitas delas inusitadas, encontro algumas fotos da inauguração de um dos nossos cinemas, em Santa Rita – o Cine São João. Há alguns anos fechado, contudo, motivo de regalo às boas lembranças de minha infância e adolescência.
O significado dessas fotografias, tesouro de uma época em que juntamente com o meu pai não tínhamos despertado de todo para a importância futura de tais registros, é de sublimado interesse para mim. Justo hoje que, amiúde, tenho convivido com pessoas igualmente “contaminadas” pela fantasia e o charme que ainda representa a Arte-do-Filme. Principalmente aquelas, que ainda preservam em suas mentes a essência e o encantamento do verdadeiro Cinema.
Fantasia e realidade mixadas num mesmo instante de descoberta e extrema felicidade, que faço questão de dividir com aqueles tão ou mais respeitosos das coisas do cinema – o meu pai “Seu Biu do Cinema” (in memória), e aos amigos de uma época de “paradiso”, entre eles, o primo Reginaldo Oliveira, médico Manoel Jaime Xavier, antiquário Mirabeau Dias, Assis da projeção, Rubens (Rubão), e os irmãos Antonio, Napoleão e Roberto, estes, tanto quanto eu forjados no mesmo clã dos Alexandre.
Certa vez escrevi, sem precisar muito bem a data daquela exibição, sobre o filme “O Senhor da Guerra” (The Warlord), que inaugurou uma de nossas salas de exibição, nos conturbados anos 60. E que, sem embargo algum à produção hollywoodiana, o título seria o da saga de outro Senhor de todas as nossas “guerras”, que durante mais de meio século vivenciou de forma estóica, sempre de modo peculiar, o exercício da cultura cinematográfica, da diversão, da magia... O “achado” iconográfico de hoje, que ora registramos, reaviva, ratifica reverência a mais esse guardião do celulóide, que se foi com o tempo, também.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
O significado dessas fotografias, tesouro de uma época em que juntamente com o meu pai não tínhamos despertado de todo para a importância futura de tais registros, é de sublimado interesse para mim. Justo hoje que, amiúde, tenho convivido com pessoas igualmente “contaminadas” pela fantasia e o charme que ainda representa a Arte-do-Filme. Principalmente aquelas, que ainda preservam em suas mentes a essência e o encantamento do verdadeiro Cinema.
Fantasia e realidade mixadas num mesmo instante de descoberta e extrema felicidade, que faço questão de dividir com aqueles tão ou mais respeitosos das coisas do cinema – o meu pai “Seu Biu do Cinema” (in memória), e aos amigos de uma época de “paradiso”, entre eles, o primo Reginaldo Oliveira, médico Manoel Jaime Xavier, antiquário Mirabeau Dias, Assis da projeção, Rubens (Rubão), e os irmãos Antonio, Napoleão e Roberto, estes, tanto quanto eu forjados no mesmo clã dos Alexandre.
Certa vez escrevi, sem precisar muito bem a data daquela exibição, sobre o filme “O Senhor da Guerra” (The Warlord), que inaugurou uma de nossas salas de exibição, nos conturbados anos 60. E que, sem embargo algum à produção hollywoodiana, o título seria o da saga de outro Senhor de todas as nossas “guerras”, que durante mais de meio século vivenciou de forma estóica, sempre de modo peculiar, o exercício da cultura cinematográfica, da diversão, da magia... O “achado” iconográfico de hoje, que ora registramos, reaviva, ratifica reverência a mais esse guardião do celulóide, que se foi com o tempo, também.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
sexta-feira, 5 de junho de 2009
APC vai criar o Grande Prêmio do Cinema Paraibano
Uma comissão formada por membros da Academia Paraibana de Cinema foi designada, recentemente, para compor o Regulamento daquele que será o maior prêmio de cinema oferecido a produções realizadas dentro e fora do Estado da Paraíba. O prêmio a ser outorgado às diversas categorias da atividade cinematográfica e audiovisual, pelo Conselho Acadêmico da APC, denominar-se-á "Grande Prêmio do Cinema Paraibano" e será entregue, anualmente.
A Comissão, que é presidida pelo Acadêmico Damião Ramos Cavalcanti, já vem se reunindo havia algum tempo, na elaboração da norma que contemplará com troféus e prêmios em dinheiro os filmes e vídeos de curta, média e longa metragens, notadamente, aquelas produções que melhor se destacarem em nossos festivais de cinema e videográficos.
O “Grande Prêmio do Cinema Paraibano” terá por finalidade contribuir para a elevação e a promoção do cinema paraibano, regional e brasileiro junto à população de um modo geral, possibilitando o reconhecimento da qualidade técnica e artística de seus filmes e buscando a confraternização entre os profissionais que os fazem.
O Conselho Acadêmico da APC outorgará, anualmente, prêmios às seguintes categorias: Longa-Metragem: Melhor Filme de Ficção; Melhor Filme de Documentário; Melhor Filme de Animação; Melhor Direção; Melhor Direção de Fotografia; Melhor Atriz; Melhor Ator; Melhor Atriz Coadjuvante; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Direção de Arte; Melhor Montagem; Melhor Roteiro; Melhor Som; Melhor Trilha Sonora.
Na categoria de Curta-Metragem, o regulamento prevê prêmios para Melhor Filme de Ficção; Melhor Filme Documentário; e Melhor Filme de Animação. Está previsto, ainda, para a Televisão, as seguintes premiações: Melhor Produção Independente em Telefilme; e Melhor Obra de Dramaturgia em Telefilme. Nesse caso, continuam sendo mantidos entendimentos entre os membros da Comissão designada pelo Presidente da APC, escritor e jornalista Wills Leal.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br contato@academiaparaibanadecinema.com.br
A Comissão, que é presidida pelo Acadêmico Damião Ramos Cavalcanti, já vem se reunindo havia algum tempo, na elaboração da norma que contemplará com troféus e prêmios em dinheiro os filmes e vídeos de curta, média e longa metragens, notadamente, aquelas produções que melhor se destacarem em nossos festivais de cinema e videográficos.
O “Grande Prêmio do Cinema Paraibano” terá por finalidade contribuir para a elevação e a promoção do cinema paraibano, regional e brasileiro junto à população de um modo geral, possibilitando o reconhecimento da qualidade técnica e artística de seus filmes e buscando a confraternização entre os profissionais que os fazem.
O Conselho Acadêmico da APC outorgará, anualmente, prêmios às seguintes categorias: Longa-Metragem: Melhor Filme de Ficção; Melhor Filme de Documentário; Melhor Filme de Animação; Melhor Direção; Melhor Direção de Fotografia; Melhor Atriz; Melhor Ator; Melhor Atriz Coadjuvante; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Direção de Arte; Melhor Montagem; Melhor Roteiro; Melhor Som; Melhor Trilha Sonora.
Na categoria de Curta-Metragem, o regulamento prevê prêmios para Melhor Filme de Ficção; Melhor Filme Documentário; e Melhor Filme de Animação. Está previsto, ainda, para a Televisão, as seguintes premiações: Melhor Produção Independente em Telefilme; e Melhor Obra de Dramaturgia em Telefilme. Nesse caso, continuam sendo mantidos entendimentos entre os membros da Comissão designada pelo Presidente da APC, escritor e jornalista Wills Leal.
ALEX SANTOS – da Academia Paraibana de Cinema, professor e cineasta.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br contato@academiaparaibanadecinema.com.br
Assinar:
Postagens (Atom)