Dentre os vários assuntos do nosso cinema de província, no momento em que escrevo esta coluna, dois fatos se nos apresentam importantes: o primeiro diz respeito diretamente ao cinema, sobretudo, à nossa Academia e aos que dela fazem parte; o segundo está relacionado com a televisão nossa de cada dia.
No final do mês passado, contamos com a presença do cineasta Nelson Pereira dos Santos, em João Pessoa. Entre nós, esteve participando de uma das atividades dos 30 anos do Nudoc, evento que vem sendo promovido pela UFPB. Naquela oportunidade o cineasta de “Vidas Secas” foi agraciado com o Diploma de Sócio Benemérito da Academia Paraibana de Cinema.
Na semana passada, dentro de um festival carioca, Nelson Pereira foi mais uma vez reconhecido com o Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, no Espaço Vivo Rio. O cineasta de 80 anos foi um dos precursores do Cinema Novo e atualmente faz parte da Academia Brasileira de Letras e da Academia Paraibana de Cinema. Para homenageá-lo, o ator Carlos Vereza fez-lhe a entrega do troféu “Grande Otelo”, que Nelson agradeceu emocionado: “É o troféu mais valioso na minha vida de cinema” - disse.
O segundo assunto, sobre televisão, vem por força de um e-mail que recebi da Maria Luíza, do SEBRAE. Segundo ela, a Tatsu Comunicação Corporativa traz a João Pessoa, nos dias 25 e 26 de abril, o curso "TV na prática", com o jornalista Marcus Bezerra. O curso é focado em reportagem de TV. O conteúdo engloba produção de textos para telejornalismo, técnicas de entrevista, postura diante das câmeras e narração. O aluno fará gravação de entrevistas, de passagens e de narração, com avaliação imediata.
Muito bem. Esta pode ser uma boa oportunidade para quem vai ministrar essas aulas, respeitando as diferenças terminológicas do Cinema e da Televisão, aplicar alguns corretivos nos habituais erros que se cometem. Por exemplo, determinar que não SE FILMA pra televisão; mas SE GRAVA. Em razão disto, mesmo com experiência de treze anos em televisão, e tendo trabalhado na Rede Globo (RJ e PE) e suas afiliadas, repórteres e apresentadores dessas emissoras continuam errando. Eles têm “globalizado” expressões ridículas como “cinegrafista”, para os profissionais de câmeras de TV.
Muito bem. Esta pode ser uma boa oportunidade para quem vai ministrar essas aulas, respeitando as diferenças terminológicas do Cinema e da Televisão, aplicar alguns corretivos nos habituais erros que se cometem. Por exemplo, determinar que não SE FILMA pra televisão; mas SE GRAVA. Em razão disto, mesmo com experiência de treze anos em televisão, e tendo trabalhado na Rede Globo (RJ e PE) e suas afiliadas, repórteres e apresentadores dessas emissoras continuam errando. Eles têm “globalizado” expressões ridículas como “cinegrafista”, para os profissionais de câmeras de TV.
Haja "Estômago” para tanto desconhecimento! Não me refiro à obra do cineasta Marcos Jorge, que venceu o recente Festival de Cinema do Rio, na categoria mais esperada, a de melhor longa-metragem de ficção e também direção, ator coadjuvante e roteiro original. Mas, o estômago sensível daqueles que estudam e discutem com seriedade as coisas do cinema.
ALEX SANTOS – professor e cineasta da Academia Paraibana de Cinema.
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
E-mails: alexjpb@yahoo.com.br / contato@academiaparaibanadecinema.com.br
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